Subprojeto 7. O efeito da terapia celular utilizando células progenitoras endoteliais e tratamento com dermatam sulfato na trombose e re-endotelização arterial, após a injúria arterial.
Participantes: Cristina Pontes Vicente
IB – UNICAMP
As células progenitoras endoteliais foram descritas por Asaharaet al.1, 1997 tendo sido isoladas a partir do sangue periférico. Estas células se originam da medula óssea e podem ser caracterizadas pela expressão dos marcadores como CD34,CD133,VEGFR2 e CD31, a internalização de acLDL (lipoproteína de baixa densidade acetilada) e formação de estruturas semelhantes a vasos em matrizes tridimensionais. Estas células podem ser mobilizadas da medula para o sangue periférico se alojando no local da lesão arterial se diferenciando em células endoteliais maduras e promovendo a re-endotelização do vaso lesionado, ou ainda secretando moleculares que promovam a proliferação e diferenciação de células endoteliais no local da lesão arterial.Em trabalhos anteriores de nosso grupo temos buscado isolar e caracterizar estas células a partir da medula óssea de camundongos a fim de estudar seu papel na aterosclerose e trombose. Os processos que levam a migração destas células para o local da lesão arterial e qual seu papel na resolução do trombo arterial e re-endotelização ainda não estão esclarecidos. Neste trabalho buscaremos utilizar uma população de células progenitoras chamadas de progenitoras tardias que serão obtidas a partir da medula óssea e estimuladas in vitro a apresentarem características de CPE tardias, isto é, alta capacidade de proliferação e participação na reconstituição do endotélio lesionado. Estas células serão testadas em um modelo de trombose arterial utilizando lesão química por cloreto férrico e será verificado seu papel na resolução do trombo arterial, utilizando-se a microscopia intravital e a análise dos vasos na microscopia de confocal para análise da presença destas células nos vasos lesionados e de seu papel reconstituição do endotélio lesionado e inibição da formação de neointima. Verificaremos também se glicosaminoglicanos antitrombóticos como o dermatam sulfato podem influenciar neste processo, principalmente alterando a ativação de trombina no local da lesão arterial e o remodelamento da parede do vaso verificando in situ a atividade de metaloproteínases por microscopia de fluorescência e a produção de colágeno pela análise de segunda harmônica (SHG). Deste modo poderemos inferir o papel das CPE e do dermatan sulfato no remodelamento vascular após a lesão arterial.