Subprojeto 6.1- Mecanismos moleculares e efeitos de diferentes fármacos com atividade antiestrogênica na progressão do câncer prostático e mamário: receptores de estrógeno, autofagia e metilação
Participantes:Catarina Segreti Porto – Coordenador; Lázari, M.F.;
Miriam Galvonas Jasiulionis; Raisa Pisolato; Ana Paola Giometti Lombardi; Lucas, Thaís F.G.; Claudia Bincoletto Trindade; Priscila Tortarelli Monteforte;
Soraya Soubhi Smaili
No Brasil, o câncer de mama é o segundo tipo de câncer com maior incidência entre as mulheres e estimativas feitas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam a ocorrência de aproximadamente 40.000 novos casos de câncer de mama e 9.000 óbitos decorrentes da doença por ano. O câncer de mama é uma doença extremamente heterogênea e apresenta uma grande variabilidade clínica e histopatológica. Ainda segundo o INCA, o câncer de próstata é a doença maligna mais comum em países em desenvolvimento. O número de casos novos de câncer de próstata estimados para o Brasil no ano de 2008 foi de 49.530. Estes valores correspondem a um risco estimado de 52 casos novos a cada 100 mil homens, e sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais freqüente em todas as regiões. Vários alvos moleculares já estão sendo usados no diagnóstico e prognóstico no câncer de mama e, portanto, estes alvos têm possibilitado a aplicação de protocolos de tratamentos específicos, uma vez que aproximadamente 75% das pacientes com câncer de mama apresentam tumores dependentes de hormônio e podem ser inicialmente beneficiadas pela terapia antiestrogênica, por bloqueio dos receptores de estrógeno (ERs) ou inibição da síntese do estrógeno. No entanto, com a terapia em longo prazo a maioria dos pacientes desenvolve resistência e estes fármacos. Em relação ao câncer prostático, as terapias de privação androgênica também são inicialmente efetivas, mas, em aproximadamente dois a três anos, ocorre a sua progressão em muitos pacientes, levando ao câncer prostático independente de andrógeno ou também denominado resistente à castração (castration resistant prostate cancer, CRPC). Vários fatores podem estar envolvidos nestes processos de resistência, entre eles podemos sugerir a presença e ativação de receptores de estrógenos GPER e ERα36, os quais já foram identificados em vários tecidos, a metilação dos clássicos receptores de estrógeno (ESR1 e ESR2) e, mais recentemente, a..